Viajantes que passaram por aqui...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Isso existe ? o_O!


O mundo é bem mais do que os olhos podem ver
Compartilho com você uma visão para ampliar nossa experiência além de eu e outro, tempo e espaço, dentro e fora. Para funcionar, é preciso que dedique 10 minutos e conduza sua percepção tomando os 22 itens abaixo como guia.
Estou fazendo isso junto com você, em primeira pessoa, mas escrevo em segunda pessoa para facilitar o entendimento, já que se eu descrevesse meu percurso mental em primeira pessoa você teria uma tendência a me observar de longe em vez de guiar sua própria mente para ver o que estou apontando.
É como se eu estivesse apontando com o dedo para uma rachadura na parede e você virasse a cabeça para ver a rachadura em vez de ficar olhando e analisando o meu dedo. Minha fala servirá como guia, não tanto como objeto de percepção em si mesmo. Ou seja, a partir de agora, você não mais estará lendo um texto, mas contemplando sua própria experiência pelos 5 sentidos e pela mente.

O processo é bem simples e pé no chão, não tem nada a ver com estados alterados da consciência, mas apenas observar o que já acontece naturalmente e fazer uso da imaginação para abrir mais os olhos.
Talvez sua cabeça não exploda, mas é bem possível que após o último item o ambiente em que você está agora (seja ele qual for) se revele um vasto e assombroso espaço não definido, como um sonho sem vigília anterior ou um filme sem cinema. Não porque nossa experiência de mundo é uma ilusão ou porque vamos alucinar outra coisa, mas justamente porque vamos continuar vendo o que já estamos vendo, sem esforço, sem criar, sem alterar nada.

Parando o mundo e olhando ao redor

1. Imagine como seria sua vida se você tivesse outras visões de mundo, outros padrões de comportamento, energias de hábito, pensamentos, emoções, outro corpo, outra vida, enfim. Você poderia ter nascido como o seu amigo que trabalha ao lado ou, se estiver sozinho, como o desconhecido que está passando na sua rua agora. Nesse sentido, todos os outros seres são você mesmo em outros mundos.
2. Agora olhe diretamente para um outro ser. Se estiver sozinho, imagine eu mesmo escrevendo esse texto ou uma aranha no canto da parede. Perceba que esse outro ser está tendo uma experiência sensorial 100% completa ao redor assim como é a sua, mas a partir de outra perspectiva. Se existirem 790 pessoas no seu prédio, existem 790 prédios nesse exato momento, pois o prédio nada mais é do que a experiência que algum ser tem do prédio – fora disso, não dá nem mesmo pra chamá-lo de prédio.
3. Ao sustentar na mente essas 790 perspectivas, atente para o fato de que a sua é apenas uma. Ou seja, você viveu a vida toda apenas com uma perspectiva, como se o centro do universo inteiro fosse a sua cabeça. Não é fantástico? Dá até medo ou vontade de gargalhar. O mundo é um grande filme 3D: sempre parece que aquela abelha vem direto no nosso nariz, não no nariz dos outros.
4. Sinta a textura do seu mouse. O que você pensa ser a verdadeira textura do mouse é apenas o que você experimenta com a sua pele. Se você tivesse um outro tipo de pele, você teria outra experiência da superfície das coisas. Não são os outros que são frios ou quentes, mas nossa experiência deles de acordo com a temperatura do nosso corpo.
5. Bata com a mão na mesa. Depois use uma caneta para bater na mesa. E depois um papel. Qual é o verdadeiro som da mesa? Qual é o verdadeiro “som” das pessoas, qual é a essência do outro, suas características mais definidas? E das situações?

6. Olhe para a sua realidade 100% abrangente como se fosse apenas um só tecido luminoso. Contemple como todas as características que parecem existir lá fora são inseparáveis de nossos sentidos. As coisas e seres são vazias de características intrínsecas. São livres, transparentes, abertas. Nada tem um som definido, pois depende de como se dá a experiência, de como surgimos juntos. Acreditar que alguém, um lugar ou uma situação é isso ou aquilo, bem, isso é tão inteligente quanto dizer que um belo chocolate é horrível depois de encher nossa boca com leite condensado estragado, com nossas papilas gustativas totalmente alteradas.
7. Olhe a parede e atente para sua cor. Agora lembre que átomos não tem cor e que não há nenhuma informação definida de cor chegando pela luz, entrando nos olhos e sendo processada no cérebro. Se houvesse, uma abelha veria a mesma cor. Mas ela não vê e não temos a prepotência de achar que a abelha está processando errado, entendendo errado, alucinando. Se ela está alucinando, nós também estamos. Melhor então achar que são duas experiências de realidade em vez de achar que a realidade é de um jeito e a abelha está maluca.
8. Do mesmo modo, contemple a experiência de um deficiente visual ou auditivo e veja como ela é uma experiência 100% completa. Nada falta ao “portador de deficiência”. A deficiência só existe quando comparamos as experiências de realidade. Nesse sentido, todos nós somos deficientes se comparado com um ser que tem 12 sentidos ou com um morcego que se relaciona com coisas inacessíveis aos humanos.
9. Agora atente para a continuidade do mundo: não existe pausa nem intervalo, as experiências continuam surgindo como num filme sem frames. Mesmo quando vamos dormir, as experiências seguem em forma de sonho ou no vazio do sono sem sonhos. O mundo não cessa. Olhe para tudo agora e lembre de como as coisas estavam há 10 minutos. Onde está aquele presente agora? Se o passado é lembrado como um sonho ou um filme, isso significa que o presente já é esse sonho, com a diferença de estarmos vivendo-o agora, com essa experiência de realidade.
10. Depois de dissolver a ilusão de solidez e nosso “olhocentrismo” (pois o heliocentrismo é apenas uma teoria que lembramos de tempos em tempos), veja que não existe “o mundo”, mas mundos experimentados como sonhos vividos em primeira pessoa por incontáveis seres. Para cada mundo, um corpo, um sentido de vida, um leque de experiências possíveis, alguns impulsos naturais, algumas filosofias ou instintos, uma corrida para sensações positivas e um afastamento de condições dolorosas.

Olhando para dentro

11. Foque nas sensações do seu corpo. O frio nos dedos, a língua tocando o céu da boca, o olho piscando, os pés no chão, alguma tensão nas costas, a bunda na cadeira. Se você consegue observar tudo isso, então você é outra coisa além dessas sensações.
12. Atente para as emoções e pensamentos. Suas opiniões sobre esse post, suas ideias sobre a realidade, alguma ansiedade ou impaciência, impulsos, desejos, listas de afazeres, planejamentos, lembranças da noite passada… Você consegue testemunhar tudo isso, você é o espaço no qual todas as imagens surgem. Você é livre para direcionar tais pensamentos e emoções, para surfar no que surge ou deixar aquilo ficar até cair por conta própria.
13. Note que você pode ouvir o que acontece atrás das paredes, em outras salas ou na rua, fora de seu alcance de visão. Onde está esse som? Lá fora ou aí dentro?
14. Feche os olhos após ler esse item e observe como você continua experimentando objetos externos (a uma certa distância) mesmo quando olha para dentro. Ou seja, é impossível olhar para dentro. Olhando para o exterior ou para o interior, tudo é visto lá fora, externamente, mesmo imagens mentais e sensações corporais. Nesse sentido, todos os objetos surgem em um espaço que não tem dentro e não tem fora. Sons e pensamentos, fenômenos externos e internos são da mesma natureza.
15. Respire e repouse nessa abertura pela qual o mundo se desenrola. Há um grande espaço no qual você surge junto com as coisas. Você é um outro para si mesmo. Você pode se ver como uma outra pessoa, assim como vê sua imagem no espelho e se esforça para lembrar que aquele é você.
16. Enquanto olha para si mesmo como um outro qualquer, você nota que essa espacialidade é livre de todas as coisas com as quais você vai se identificar no minuto seguinte. E então você sorri para tudo o que você acha que você é, todas as identidades que surgiram em suas diversas relações, todos os seus dramas, emoções, achismos, filosofias, medos, orgulhos, vitórias, derrotas.Qualidades negativas e positivas, nada disso é seu, por mais que você seja capaz de incorporá-las e vivê-las. Tudo dança nesse espaço imóvel sem dono.
17. Olhe para o olho que está observando tudo isso até aqui. Esse olho é tímido, chato, ciumento, ansioso, alegre, triste, depressivo, cansado, desorganizado, carente, orgulhoso? Ele fica dentro ou fora de você? Houve algum momento na sua vida em que ele não estava presente?

Olhando para tudo e “voltando” ao mundo

18. Olhe novamente para os outros seres ao seu redor (ou imagine-os). Veja como eles são idênticos a você. Vivem em mundos de significação, tomam fatos como naturais, tem metas e desejos, prioridades, impulsos, certezas. Observe como cada um deles não é uma pessoa, mas uma bolha, um mundo inteiro.

19. Observe como eles chegam para trabalhar sem perceber o assombro que é nascer e não saber de onde, morrer e não entender por quê. Contemple como eles rodopiam a partir de seus próprios referenciais, deixando comentários em blogs, fofocando, sorrindo, chorando, falando alto, se debatendo, reclamando, se empolgando, se frustrando, construindo histórias, nascendo e morrendo sob um mesmo imperturbável céu.
20. Sabendo que cada um está agarrado a um joystick com seu próprio videogame, imersos em vários tipos de jogos, filmes, universos, sonhos, imagine como seria divertido ir além do próprio jogo e ajudar as pessoas a fazer o mesmo. Porém, já que é impossível acordar de um sonho sem cair em outro, então visualize como seria jogar um jogo sabendo que é jogo, atuar sabendo que é um filme, acordar dentro e tornar o sonho lúcido.
21. Esconda o sorriso malicioso que surgiu agora e volte ao mundo com essa loucura de pano de fundo, lembrando que todos os outros também tem esse mesmo sorriso por trás de suas seriedades.
22. De vez em quando, experimente não se restringir a se relacionar com as identidades dos outros dentro desses jogos. Pare de focar a tela e dê um toque no ombro do cara ao lado no sofá, pegue na perna de sua mulher e olhe diretamente nos olhos de jogador, de ator, de sonhador das pessoas.
* Roteiro inspirado em alguns ensinamentos do Lama Padma Samten e por outros experimentos de percepção de Alan Watts, Ken Wilber, Otto Scharmer, Douglas Harding, Carlos Castaneda e Richard Linklater. Credito os benefícios a eles e assumo responsabilidade por qualquer confusão adicional que esse texto possa criar.
:}

terça-feira, 8 de março de 2011

Mortal Combat!


Mais uma vez
Apenas eu fiquei de pé na batalha contra o amor
O derrotei!
Mesmo que talvez eu tenha saído ferido de morte e sem forças para me sustentar
Aqui sobre meus pés jaz o amor em agonia e prestes a levar o golpe de misericórdia
Lutou bravamente por seus ideais e quase me derrotou
Mas ter a mim como inimigo foi imprudente de sua parte
Logo fora derrotado pela sua própria técnica
Lamentavelmente chora por não ter conseguido
Seu exercito não foi capaz de derrotar-me
Mas por pouco não sou eu a implorar misericórdia
...
É o fim para você doce sentimento!
...
Acabou...
Meu coração esta novamente vazio
Já não resta mais nada e nem mais ninguém
Minha dor pode reinar absoluta
Minha tristeza já não tem o que temer
Minha razão governara por muito tempo
E a emoção será decapitada pela manha
...
Estou cansado da batalha...
Devo descansar mais uma vez...
Afinal
O amor sempre volta...

Time is fast!...


O tic- tac do relógio antigo em meu criado-mudo me deixa louco
Com cada TIC- TAC que passa um segundo da minha existência se vai...
Estou atrasado para a vida para variar
Estou atrasado para poder esperar
Já não agüento mais essa espera e o tempo me faz refém
Faz-me escravo de suas vontades...
Parece que o tempo parou...
Quero te ver! Quero te encontrar
Vê seu rosto em meio a um sorriso negro e frio
Quero poder tocar a tela fria desejando tocar seu corpo ou seu rosto
Tão perto de mim e tão distante...
Em meio às palavras que se vão se vai o meu amor também
Será que elas estão chegando ate você?
Será que o meu desejo suplica e calor podem te alcançar?!
Passaria a vida inteira a te esperar
Sem pestanejar sem sentir fome medo ou dor
Estou louco! Mas isso não é novidade
Estou não lúcido já faz tempo, e essa loucura me incomoda
Desista apenas
Renda-se
Ela sussurra ao meio ouvido
Deixe-me levá-lo ela impera
Minha força se esvai
Não sei ate quanto tempo posso durar...


segunda-feira, 7 de março de 2011

Delírio e Reflexão...




 
Seria coisa da minha cabeça?!
A um minuto atrás você se quer existia
Agora já tem vida própria já tem nome já tem rosto
E é o teu rosto que me aparece quando eu fecho  os olhos
E tua voz que sussurra em meus ouvidos
É o teu sorriso que me entristece completamente
Será que não paguei o suficiente pelos meus pecados ?
Por que os deuses me odeiam tanto ?!
Por que me colocam em um destino tão  cruel
Querem testar se ainda bate um coração em meu peito ?
És doce é bela és perfeita!
Por que será que então me atormentas ?
Como um anjo caído vem me fazer pecar
Me jogando no devaneio de minhas paixões
Fazendo eu beber do próprio cálice envenenado que outrora te propus
Beba comigo minha dama!
Dance comigo a mais fúnebre canção
Deite em meus braços esta noite
Mostre-me o doce sabor do inferno
Faça-me experimentar que o céu é pouco de mais para se almejar
Ou me leve embora para todo o sempre
Arraste o anima que reside em meu corpo
Pois ele te pertence
Apenas esperava por esta hora
Apenas esperava pelo teu chamado
Pois quanto mais te espero... mais eu quero
Embriagado pelo desejo... saciado pela paixão
O coração que outrora estava morto e como velho decrépito esperava  o momento do doce beijo de sua amada morte
Já não se encontra mais em agonia final
Encontra-se atravessado novamente pelo fogo da dor
Esperando que o Céu tenha piedade de minha alma
A  febre já me faz delirar chamando o nome do meu algoz
Lembrando que minha sanidade esta em seu limiar
E  de todo o seu semblante, de todo seu carisma tão atroz
Deixe-me ir ...
Ou peça-me para ficar...

domingo, 6 de março de 2011

This is just the beginning...

Tudo começa regido ao acaso...
nunca sabemos,nem ao menos escolhemos existir e co-existir.
Regidos pela nossa ignorância e pela nossa vontade de saber aonde vamos chegar... pelos  desejos e anseios mais secretos buscamos incansavelmente uma forma de dá uma razão a nossa existência.
Esta que por sua vez quase não existe se não for pela vontade de outras vontades e não pela nossa propia.
Escravos de nossos desejos e do que eles provocam ao nosso redor marchamos rumo ao desconhecido, ao incontrolável e ao que justificamos a cada dia ser o certo ou o errado...
mas resta saber o que realmente nos define ?
ou o que realmente podemos dizer que é viver, já que estranhamente não podemos se quer controlar os nossos desejos...
Desejos os quais nos regem e nos levam a amar ou desprezar seja a outros seja a nós mesmos
Ainda sim depois de ter vivido o suficiente não saber o que se quer do amanha ou que direção tomar
apenas  transforma a jornada da busca por si mesmo em um caminho tortuoso e complexo.
Apenas uma coisa é certa
Todo começo tem seu fim
seja ele definido ou não
esse fim levara a sua vida os seus sonhos e sua identidade
e quem sabe ate a lembrança de que você se quer existiu.
cabe somente a nós mesmos abrir os olhos enquanto é tempo
tomar as rédeas da nossa propia vida
escolhendo o futuro aparti do que se faz o se pensa hoje
cabe a nós mesmos o trabalho de definir como chegaremos ao final de tudo
do que você se orgulhara ou se envergonhara quando chegar a sua vez ?
você não pode escolher o começo...
mas pode começar a escolher o final.